APAE - Associação de Pais Amigos dos Excepcionais
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dia 17 de outubro de 2015
“Normal” e “excepcional” são dados estatísticos frios, neutros, que denotam tão somente quantidades e não verdades absolutas.
Senão, como explicar a genialidade de Nash, que era esquizofrênico, depressivo e com baixa auto-estima, mas um excepcional matemático autor da teoria dos jogos?; ou
Hemingway, um dos mais célebres escritores americanos, que sofria de depressão, perda de memória, diabetes, hipertensão e cometeu suicídio com a mesma arma que seu pai se suicidara?; ou
Machado de Assis, que sofria intensamente de depressão?
Mas, talvez você questione: “Porquê, então, pessoa excepcional tem sentido daquele que necessita de recursos auxiliares para adaptar-se à sociedade?”
A resposta é simples:
O julgamento sobre a condição de quem seja excepcional é unilateral, com origem naqueles considerados “normais”, e com ênfase na carga negativa da palavra.
Entretanto, “excepcional” também pode revestir-se de uma carga valorativa positiva, como em “uma pessoa de excepcional beleza”.
A proposta desta página é que você se deixe afetar pela carga positiva da palavra e, ao referir-se a uma pessoa “excepcional”, a veja como uma pessoa com excepcional desenvolvimento da sensibilidade, que não é perfeitamente compreendida pelos “normais”. Daí, a diferença entre “normal” e “excepcional” fica reduzida a uma deficiência de comunicação em função do elevado grau de diferenciação na sensibilidade das pessoas situadas em cada um dos polos.